sexta-feira, 8 de março de 2013

Deixando de ser quem achei que era pra ser quem sempre fui

Deixando de ser quem achei que era pra ser quem sempre fui



Adriana Mangabeira

Desapegar de pessoas, relações, expectativas já não é fácil, mas de tanto treinarmos, na tentativa de sofrer menos com expectativas não atendidas, vamos aprendendo cada dia mais um pouquinho.
Desafio maior é desapegar da identidade que assumimos, do ego, dos hábitos, das crenças.
Mais uma vez parece que tudo isso já é sabido, de tanto que ouvimos. Mas isso é um trabalho diário; orai e vigiai. Aliás, vigiai, amai, orai. Vigiai, vigiai, vigiai, amai-vos mesmo assim e orai.

Sabemos todos os padrões de familiares que não desejamos repetir. Tomar este conhecimento é super valioso. Dói é perceber que, SIM, repetimos todos eles. Com nomes diferentes, desculpas diferentes, circunstâncias diferentes, ações diferentes, mas a atitude é a mesma. E por isso incomoda tanto.

Hoje li pela manhã a proposta de uma reflexão muito boa: do que não queremos desapegar? O que realmente importa?
E, ao perceber tantos padrões repetidos, veio como uma flecha: "se eu for tudo o que desejo ser, do que vou reclamar? Se eu for tudo o que desejo ser, quem irei culpar?"

E, ao mesmo tempo que parecia ridículo, medíocre e idiota, um imenso amor e compaixão a este ser que EU SOU, que está em evolução, que aprende a cada dia, me invadiram. E, assim, veio o acolhimento e a luz "o que realmente importa?"

Esta é a grande reflexão: o que realmente importa? É aprovarmos, sermos aprovados, é que alguém venha nos dizer como somos amados e especiais? Ou é, de uma vez por todas, antes tarde do que nunca, nos amarmos tal como somos, em todas as nossas partes e singularidades, e seguirmos adiante, nos reconhecermos merecedores como sempre fomos e assumir a responsabilidade pelo único compromisso que é ser feliz?

Nossa única missão é conosco mesmos. Nossa única missão é deixar fluir a alegria natural que há em nós, é simplesmente ser quem já somos hoje, AGORA, é criar algo com nossos dons, ainda que seja um prato saboroso, um arranjo de flores ou um hábito saudável. Ainda que seja cumprir as promessas que fizemos a nós mesmos e nos traímos tantas vezes com desculpas para não cumprir. Ainda que seja resgatar nossos sonhos e trocar a culpa por não ter feito ainda pela responsabilidade de uma nova escolha e fazer AGORA.

Quanto tempo ainda vamos esperar?
O que ainda vamos esperar?
Qual é o nosso sonho afinal?
Estamos aqui apenas para realizar sonhos!

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