domingo, 20 de janeiro de 2013

Apaixonado pela Reclamação


 



Lucius Augustus



Estamos em um veículo em meio ao trânsito, e... "Ei, parece que a fila de lá está andando mais rápido, vamos mudar de faixa... parou... agora parece que a faixa onde estávamos vai mais rápido!! Santa paçoquinha!!! Esse trânsito... esse congestionamento... deve ser acidente... mas... caramba! Alguém tinha que se acidentar justo agora? Não podia esperar eu passar? Raios!!".

Sim, nosso amigo condutor está bravo... Muito bravo! Já deve ter transformado seu estômago em uma fornalha às chamas plenas! E continua a reclamar... E reclama... Reclama...

Vivemos situações óbvias, com aspectos curiosos: além do mundo que parece estar aí para nos servir, há também a ação contraproducente. Já perceberam que reclamar não resolve grandes coisas? É como comer um alimento estragado: a aparência é ruim, o cheiro é ruim, o gosto é ruim, percebe-se tudo isso, rejeita-se o alimento... A cada garfada!!!

"Tá estragado! Para de comer!"

Contudo, por mais contraproducente que possa ser parecer, o apego à indignação continua presente. "Lucius, como assim, ‘apego à indignação?".

Ora, amigos, é preciso agarrar forte a contrariedade, para continuar a reclamar mesmo sem nenhuma mudança no status do fato. O estômago ardendo, a cabeça chega a doer, a musculatura fica tensa, e nada muda? Larga a reclamação. Não larga? Então "gamou"... Está apaixonado pela reclamação... hehehe!

Reclamar aumenta a insatisfação e torna mais perceptível a rejeição do problema do que o problema em si. Então, temos pelo menos dois problemas, nessa situação: o fato e o que resulta do ‘rejeitar o fato! Isso mesmo! Por isso, foquemos mais nas soluções do que no problema.

Ah, não tem solução agora? É como o trânsito do início desse texto? Ok. Não tem solução ainda. Mas... E você, enquanto isso... Quanto ao que pensa e sente a respeito... Você tem solução?

Queridos amigos, vocês sempre são a solução de si próprios!

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