terça-feira, 2 de abril de 2013

Transição planetária



Sendo o ser humano um Espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição que será alcançada mediante a superação das experiências primevas, que o assinalam profundamente, atando-o, não raro, à sua natureza animal em detrimento daquela espiritual que é a sua realidade.
Mediante as reencarnações, etapa a etapa, dá-se-lhe o processo de eli-minação das imperfeições morais, que se transformam em valores relevan-tes, impulsionando-o na direção da plenitude que lhe está destinada.
Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e caindo, para logo levantar-se, esse é o método de desenvolvimento que a todos pro-pele na direção da sua felicidade plena.

Herdeiro dos conflitos em que estorcegava nas fases iniciais, deve en-frentar os condicionamentos enfermiços, trabalhando pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança para o avan-ço.
Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, gerando complica-ções afetivas, porque distante das emoções sublimes do amor, agindo mais pelos instintos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da vida, à sua reprodução, á violência para a defesa sistemática da existência corporal, agride, quando deveria dialogar, acusa, no momento em que lhe seria lícito silenciar a ofensa ou a agressão, dando lugar aos embates inflizes geradores do ressentimento, do ódio, do desejo de desforço, esses fi-lhos inconseqüentes do ego dominador.
O impositivo do progresso, porém, é inarredável, apresentando-se como necessidade de libertação das amarras vigorosas que o retêm na retaguar-da, ante o deotropismo que o fascina e termina por arrebatá-lo.
Colocado, pela força do determinismo, na conjuntura do livre-arbítrio, nem sempre lógico, somente ao impacto do sofrimento desperta para com-preender quão indispensável lhe é a aquisição da paz, a conquista do bem-estar... Nesse comenos, dá-se conta dos males praticados, dos prejuízos causados a outros, nascendo-lhe o anelo de recuperar-se, auxiliando aque-les que foram prejudicados pela sua inépcia ou primitivismo em relação aos deveres que fazem parte dos soberanos códigos de ética da vida.
Atrasando-se ou avançando pelas sendas libertadoras, desenvolve os te-souros adormecidos na mente e no sentimento, que aprende a colocar a serviço do progresso, avançando consciente das próprias responsabilida-des.
Infelizmente, esse despertar da consciência tem-se feito muito lentamen-te, dando lugar aos desmandos que se repetem a todo momento, às lutas sangrentas terríveis.
Predominam, desse modo, as condutas arbitrárias e perversas, na soci-edade hodierna, em contraste chocante com as aquisições tecnológicas e científicas logradas na sucessão dos tempos.

São esses paradoxos da vida em sociedade, que a grande transição que ora tem lugar no planeta irá modificar.

As criaturas que persistirem na acomodação perversa da indiferença pela dor do seu irmão, que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada, que firmarem pacto de adesão à extorsão, ao su-borno, aos diversos comportamentos delituosos do denominado colarinho branco, mantendo conduta egotista, tripudiando sobre as aflições do próxi-mo, comprazendo-se na luxúria e na drogadição, na exploração indébita de outras vidas, por um largo período não disporão de meios de permanecer na Terra, sendo exiladas para mundos inferiores, onde irão ser úteis liman-do as arestas das imperfeições morais, a fim de retornarem, mais tarde, ao seio generoso da mãe-Terra que hoje não quiseram respeitar.
 
 
trecho do livro Transição  Plantaria de Divaldo Franco

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